Entendendo a Diferença entre Disfunção Erétil e Falha Erétil: Guia Completo
Você já se perguntou qual é a diferença entre disfunção erétil e falha erétil? Embora esses termos possam ser usados de forma intercambiável em algumas situações, eles têm significados distintos e importantes para a saúde sexual masculina.
Disfunção Erétil:
A disfunção erétil, popularmente conhecida como impotência sexual, é caracterizada pela incapacidade recorrente de obter ou manter uma ereção suficiente para uma relação sexual satisfatória. De acordo com o Manual Diagnóstico e Estatístico de Transtornos Mentais (DSM-5), a disfunção erétil é diagnosticada quando a incapacidade de obter ou manter uma ereção é recorrente e causa sofrimento significativo para o indivíduo. Isso significa que a disfunção erétil não é apenas uma ocorrência isolada, mas sim um problema persistente que afeta negativamente a qualidade de vida e o bem-estar emocional e/ou psicológico do homem.
Falha Erétil:
É acontecimento comum e normal que homens ocasionalmente enfrentem dificuldades em obter ou manter uma ereção. Fatores como estresse, fadiga ou ansiedade podem contribuir para isso. No entanto, quando ocorre esporadicamente e não causa sofrimento significativo, é considerada uma falha erétil.
Em resumo, a principal diferença entre disfunção erétil e falha erétil está na recorrência e no sofrimento associado. Enquanto a disfunção erétil é caracterizada por problemas persistentes e impacto negativo significativo na qualidade de vida, a falha erétil se refere a uma ocorrência isolada sem necessariamente causar sofrimento emocional ou psicológico.
“Isso nunca me aconteceu antes”
A frequência de problemas de ereção ao longo da vida em comparação com os que surgem com o tempo é incerta. No entanto, é sabido que conforme os homens envelhecem, aumentam as chances de enfrentar dificuldades com a ereção, especialmente após os 50 anos. Globalmente, entre homens com idades entre 40 e 80 anos, cerca de 13% a 21% podem experimentar problemas de ereção. Esses problemas são menos comuns em homens com menos de 40 anos (menos de 10%), mais comuns em homens na faixa dos 60 anos (entre 20% e 40%), e ainda mais comuns em homens com mais de 70 anos (entre 50% e 75%).
Em um estudo na Austrália, descobriu-se que 80% dos homens com 70 anos ou mais tinham problemas de ereção. Além disso, aproximadamente 20% dos homens em países ocidentais relataram preocupações com a ereção em sua primeira experiência sexual, enquanto cerca de 8% tiveram dificuldades que afetaram a penetração durante esse momento. Em uma pesquisa online nos Estados Unidos, não houve uma diferença significativa na prevalência de problemas de ereção com base na raça ou etnia. Dados nacionais dos EUA mostram que a prevalência de dificuldades eréteis é semelhante entre homens mais velhos que fazem sexo com homens ou com homens e mulheres.
Quais são as causas psicológicas por trás das questões eréteis?
Diversos fatores emocionais ou psicológicos podem causar ou agravar a DE, como:
- medo do fracasso sexual;
- ansiedade;
- depressão;
- sentimentos de culpa relacionados ao seu comportamento sexual ou atividades sexuais;
- baixa autoestima;
- sentimentos negativos sobre si mesmo ou em sua vida em geral.
Impactos Funcionais da Disfunção Erétil
A Disfunção Erétil (DE) pode ter repercussões significativas, afetando tanto a fertilidade quanto a saúde emocional e os relacionamentos interpessoais.
O sofrimento decorrente da DE pode ser profundo. O medo ou a evitação de encontros sexuais pode prejudicar a capacidade de estabelecer relações íntimas satisfatórias. Além disso, é comum que homens que enfrentam DE experimentem sofrimento psicológico significativo.
Como reconhecer quando buscar ajuda para Disfunção Erétil?
A Disfunção Erétil (DE) pode ser identificada por critérios específicos do Manual Diagnóstico e Estatístico de Transtornos Mentais (DSM-5). Para se enquadrar no diagnóstico, pelo menos um dos três sintomas seguintes deve ser experimentado em quase todas as ocasiões de atividade sexual:
- Dificuldade acentuada em obter ereção durante a atividade sexual.
- Dificuldade acentuada em manter uma ereção até o fim da atividade sexual.
- Diminuição acentuada na rigidez erétil.
Esses sintomas devem persistir por pelo menos seis meses e causar sofrimento clinicamente significativo. É importante destacar que a disfunção sexual não pode ser explicada por transtornos mentais não sexuais, problemas de relacionamento ou outros estressores importantes, nem ser atribuída aos efeitos de substâncias ou medicamentos ou a outras condições médicas.
Se você está enfrentando esses sintomas e eles persistem ao longo do tempo, é importante buscar ajuda profissional. Terapeutas especializados em saúde sexual podem oferecer avaliação e tratamento adequados para ajudá-lo a superar os desafios relacionados à disfunção erétil, melhorando sua qualidade de vida e bem-estar emocional.
Referência bibliográfica:
Manual diagnóstico e estatístico de transtornos mentais: DSM -5 -TR. 5, texto revisado. Porto Alegre: Artmed Editora LTDA, 2023,